O mal encantado

9 de julho de 2014

Como as crianças podem resistir à vilã do filme Malévola, uma personagem bonita e atraente?

A cada segundo, o inimigo está ao derredor esperando uma brecha para nos afastar de Deus, para destruir nossas famílias, criar intrigas nas igrejas. Mas, e se eu disser que ainda vigiando, orando e sabendo da presença do inimigo, nós ainda cultivamos ou deixamos que cultivem o mal como se fosse um belo jardim?

É isso mesmo! Todas as vezes que não edificamos nossas casas, assistindo programas de TV, filmes e desenhos que não agradam a Deus, ou deixamos que nossos filhos assim o façam, estamos cultivando o mal, deixando que ele habite e domine nosso lar. Todas as vezes que não prestamos atenção no que nossos filhos assistem, acessam ou jogam na internet, compactuamos com o mal.

Estamos negligenciando nossos pequenos e nossos adolescentes para termos um pouco de descanso, de tranqüilidade, depois de um dia de serviço. Quantas vezes ouvimos dizer que as “crianças de hoje” não se interessam pelas brincadeiras de antigamente; mas será que estamos insistindo, ensinando e brincando com eles ou ainda buscando opções que os tirem do domínio do mal?

As profundezas das trevas não são mais tão sutis, nem tão tenebrosas. Pelo contrário, são encantadas. Isso mesmo, cheias de fantasias, sonhos realizados e um mal tão disfarçado que nossas filhas não querem mais ser princesas, elas querem ser bruxas, porque as mesmas não são mais tão assustadoras.
Um exemplo disso é o filme que foi lançado recentemente com arrecadação inicial de 70 milhões de reais, “Malévola”, estrelado pela atriz Angelina Jolie, que, por sua vez, é uma fada boa e responsável por manter a paz entre dois reinos (porém, desde pequena possui chifres e asas).

Após se apaixonar e ser abandonada por seu amor, que só pensa em ser líder de um reino, torna-se vingativa e amarga. Então, decide amaldiçoar a filha de seu antigo amor, mas no decorrer do filme, passa a ter sentimentos de afeto e amizade em relação à jovem princesa. Quando o público chega a esta parte, já pode justificar todas as obras más da bruxa incompreendida, e simpatiza de tal forma por ela que torce por seu final feliz.

O filme é a nova versão da história que tão bem conhecemos – A Bela Adormecida – mas contada do ponto de vista da vilã Malévola, nome cujo significado é: que causa e faz o mal, ou seja, alguém malvado. Seu apelido é “a senhorita de todo o mal”. O chifre dela é conhecido como “chifre do diabo” (dá para achar que se trata apenas de um filme inocente?).

Seu ajudante é o diaval, cuja aparência é de um corvo, mas a bruxa o transforma em humano quando precisa. Em uma sinopse, esse personagem é citado como um personagem importante, sério, engraçado, ou seja, um dos favoritos (reflita). Ele se tornou servo de Malévola, depois que ela o salvou da morte. Cada vez que ela precisa dele, o transforma em algum ser e o ordena a fazer algo.

Há alguns anos, ser mal era feio, mas há algum tempo se tornou atraente. Ou seja, se ele tem um motivo para ser assim, ele pode existir e devemos não só compactuar, como ainda apoiá-lo, e por fim, podemos ser como ele, já que o mal é engraçado, bonito, atraente e algo muito aceitável.
Em determinada cena, a princesa (já moça) encontra Malévola, que está escondida, e diz: “Não tenha medo, apareça. Você tem me vigiado a vida inteira. Sua sombra me persegue desde que eu era pequena”, pedindo para que a bruxa se mostrasse-a ela. A bruxa por sua vez responde: “Se eu aparecer você é que vai ter medo”. Aparece em seguida, mas a reação da jovem princesa é de encantamento ao ver o rosto de sua “protetora”.

Basta assistir a um dos trailers do filme e ouvir a seguinte narração: “Tudo o que ela invoca é das profundezas, é do escuro”, para saber do que se trata. E, em determinada cena, a bela bruxa invoca todos os seres que vivem nas sombras para que lutem com ela.

Todos sabem que crianças têm o costume de reproduzir os personagens de que gostam. A febre Malévola já está em todo o lugar. Crianças, jovens e adultos com réplicas dos chifres, reproduzindo falas, usando fantasias, comprando bonecas e pintando desenhos. Durante todo o filme, a bruxa fala sobre maldade, ódio e vingança, mostrando que, ao ser traída, seu coração virou pedra e, por isso, se tornou fria e vingativa; acredito que não precisa de mais nada para confundir nossas crianças, não é?

O intuito deste artigo não é proibir o filme citado, mas alertar que nós, cristãos, devemos pedir orientação do Espírito Santo para que nos mostre “coisas do mal” que circulam tranquilamente por nossas casas, como filmes, programas e séries de TV, desenhos animados, sites e redes sociais que nos afundam no mundo das trevas e que nos fazem aceitar comportamentos que nos afastam de Deus.
Estamos assistindo demais aos filmes, à TV e lendo pouco a Bíblia Sagrada. Será que nossas referências e opiniões estão baseadas na palavra de Deus? Se muitas vezes nos deixamos levar pelo mundo. de tão envolvidos ou distraídos que estamos, imaginem nossas crianças e adolescentes?

Vamos dar um basta! Eu insisto que devemos avaliar o que nossos filhos estão assistindo, assim como o tempo em frente a esses aparelhos eletrônicos.

As famílias só serão edificadas quando houver mudança de comportamentos e atitudes em direção a Deus. Busque a direção dele com a certeza de que Ele guiará sua família, livrando-a do mal. A Bíblia Sagrada nos alerta: “O meu povo perece por falta de conhecimento” (Oseias 4: 6).

Daniela Trombeta Dias Correa é jornalista e vice-diretora da Sofap da IAP em Santa Fé do Sul (SP)​
Extraido do site www.portaliap.com.br

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